PSICOLOGIA, com a Profa. Dra. Zenith Delabrida, Universidade Federal
de Sergipe (UFS)
rotina dos participantes, tomando-lhes tempo e sujeitando a pesquisa a
muitos vieses de memória, desejabilidade social e demandas do
pesquisador. As medidas não-reativas (ou não-intrusivas), foco deste
workshop, permitem a coleta de dados sem depender da colaboração ativa
dos participantes e muitas vezes revelando o que eles mesmos nem
conseguiriam relatar. Com base em estudos desenvolvidos em meu
doutorado e em meu grupo de pesquisa na UFS, apresentarei de maneira
prática uma série de técnicas não-reativas que podem ser centradas na
pessoa ou centradas no ambiente físico, com aplicações potenciais a
diversas subáreas da psicologia.QUEM: Zenith Delabrida é psicóloga ambiental na UFS e se especializou
no uso de medidas não-reativas, que incluem traços físicos do ambiente
(erosão e acreção), registros arquivísticos e observação
não-intrusiva, entre outros. Suas pesquisas envolvem temas como
comportamentos em banheiros públicos, espaços coletivos, gestão de
resíduos e transporte coletivo.QUANDO: Dia 09/11 (segunda) de 10:00 às 12:00
ONDE: Auditório do IP (AT-141)
COMO: O evento é de livre participação
——————————————————————————————————-
EVENTOS JÁ REALIZADOS
PALESTRA
RELIGIÃO E MORALIDADE: OS FUNDAMENTOS MORAIS DE CRISTÃOS E ATEÍSTAS
Local: Sala 13 CAEP (Centro de Atendimento e Estudos Psicológicos) – ICC/Sul
Data: 05/12/2013
Hora: 14:15
Alexandre Magno Dias Silvino – Doutor em Psicologia e Pós-Doutorando do Laboratório de Psicologia Social
Moralidade e religião têm sido objeto de estudo na Psicologia Social e são de interesse de outras áreas do conhecimento. Esta palestra tem como finalidade apresentar os modelos teóricos contemporâneos sobre moralidade que tem sido desenvolvidos na Psicologia Social e discutir se a religião influencia as decisões e julgamentos morais das pessoas. Dito de outra forma, ateus e cristãos possuem moralidade distinta? A moralidade entendida também como um processo intuitivo, não exclusivamente racional, tem revolucionado os estudos no campo, produzindo resultados inovadores sobre seus efeitos no comportamento humano. Tendo por base esta perspectiva teórica esta palestra é um espaço para a discussão de resultados sobre estudos comparativos sobre a moralidade de cristãos e ateístas.
—————————————————————————————————————————————————-
CONFERÊNCIA
ÉTICA, MORAL E MORALIDADE INTUITIVA
Conferência composta por duas explanações de dois pesquisadores que desenvolvem trabalhos sobre ética e moralidade na UnB.
Local: Auditório 4 do Instituto de Biologia – Universidade de Brasília
Data: 14/11/2013
Hora: 14:15
Diferenças entre ética e moral na perspectiva da Bioética
Jansen Ribeiro Pires – Especialista em Biotética, Mestre em ciências da saúde e Doutorando do PPG em Bioética/UnB
A bioética surgiu há 42 anos, quando da publicação do livro de Van Renselaer Potter, Bioética: uma ponte para o futuro. Esta obra lançou as bases para reflexão ética do homem capaz de afetar o destino do Planeta, num contexto mais ambiental. No entanto, a área de saúde se apropriou deste termo para analisar questões quanto ao nascimento, transcurso e finalização da vida humana. Por outro lado, com a fervência dos movimentos políticos e civis dos negros, das mulheres e dos direitos humanos, a partir da década de 60, a bioética passou a ser incorporada como discurso acadêmico e político de defesa dos vulneráveis. As bases teóricas desta disciplina, deriva das fundamentações filosóficas, para pensar e propor respostas práticas aos conflitos supraditos. Portanto, coloca em perspectiva, definições sobre a ética e a moral, não apenas de forma asséptica e descontextualizada, mas, engajada para resolver conflitos humanos. No Brasil, a Cátedra Unesco de Bioética da UnB tem se destacado, no contexto internacional, como referência desta área com a formação de mestre e doutores comprometidos em desenvolver trabalhos que abordam realidade brasileira e latino-americana.
Fundamentos da Moralidade e Moralidade Intuitiva
Alexandre Magno Dias Silvino – Doutor em Psicologia e Pós-Doutorando do Laboratório de Psicologia Social
Os movimentos sociais, sob forma de manifestações, têm sido frequentes nas grandes capitais brasileiras nos últimos meses. Diferentes mídias se manifestaram positiva ou negativamente em função das ações de vandalismo e da violência policial. O que leva as pessoas a terem posições diferentes ao julgar o que é certo ou errado? Essas decisões são racionais, fruto de longa reflexão sobre os fatores envolvidos, ou são escolhas “intuitivas” explicadas ex post facto? Haidt propõe que a moralidade deve ser compreendida como um fenômeno polissêmico que extrapola as dimensões da justiça e do cuidado com o próximo, abrangendo o pertencimento, a autoridade e a pureza. Essa ampliação da moralidade pressupõe uma primazia do inconsciente que denota uma tendência a julgar/agir intuitivamente e justificar ou corrigir a ação na sequência. A psicologia da moral, historicamente, considerou a moralidade de maneira desenvolvimentista. Os estudos centrados no julgamento de dilemas morais tenderam a fomentar teorias em que prevaleceu uma perspectiva voltada ao cuidado e justiça. Haidt propõe uma ampliação conceitual no qual a moralidade é voltada para o fazer social, tem o potencial de unir e ligar pessoas e grupos e, principalmente, resgata uma primazia da intuição. Nesse último aspecto é proposto que exista uma tendência para julgar/agir inconscientemente e, na sequência, justificar/corrigir a ação.